domingo, 7 de dezembro de 2014

MAPA LANÇA OFICIALMENTE O ANO INTERNATIONAL DOS SOLOS

Mapa lança oficialmente o Ano Internacional dos Solos
O Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa), por meio da Secretaria de Desenvolvimento Agropecuário e Cooperativismo (SDC), em conjunto com a Organização das Nações Unidas para a Alimentação e Agricultura (FAO) e a Embrapa, promove nesta sexta-feira, 5, o lançamento oficial do Ano Internacional dos Solos.
No evento, com abertura do secretário Caio Rocha, da SDC, serão apresentados o Calendário de Eventos “2015: o ano internacional dos solos”, além da palestra “A importância dos solos para a agricultura e a alimentação”, do pesquisador da Embrapa Cerrado, Lourival Vilela.
Durante o ano de 2015, o Mapa e a FAO realizarão, em conjunto, uma série de eventos alusivos aos solos, abordando todos os aspectos técnicos relevantes para sua conservação.
Ano Internacional do Solo - Em dezembro de 2013, a ONU aprovou, a partir de resoluções propostas pela FAO, o dia 05/dez como o “Dia Mundial dos Solos” e instituiu que 2015 será o “Ano Internacional do Solo“. Esta iniciativa oferece uma oportunidade para despertar para uma maior conscientização sobre a relevância do solo como base do desenvolvimento socioeconômico da sociedade, bem como das funções essenciais dos ecossistemas para uma melhor adaptação às alterações climáticas, ora em destaque no cenário mundial.
Importância do solo
O Brasil possui entre 20 e 40 milhões de hectares de áreas de pastagens em algum estágio de degradação, com baixa produtividade da pecuária. O uso correto de tecnologias mais sustentáveis e de boas práticas agropecuárias torna possível reinseri-las ao processo produtivo. Nesse contexto, o planejamento de uso da terra e a adoção de tecnologias com fundamento na conservação de solos e adaptadas à realidade local, podem prevenir e reverter os impactos negativos decorrentes de uma atividade agropecuária conduzida de forma inadequada.
O Mapa desenvolve e apoia ações voltadas ao aumento da produtividade do setor, para atender as demandas internas e externas, conservando a integridade dos ecossistemas, bem como promover iniciativas que ajudem na recuperação de áreas de produção degradadas. O Plano de Agricultura de Baixa emissão de Carbono (ABC), tem como um de seus pilares a Ciência da Conservação do Solo, do Manejo Integrado de Pragas e das Boas Práticas Agropecuárias.

ELEITO NOVO MEMBRO DA ACADEMIA BRASILEIRA DE CIÊNCIAS

Docente é eleito membro da Academia Brasileira de Ciências
Marcio de Castro Silva Filho, docente do Departamento de Genética (LGN), da Escola Superior de Agricultura “Luiz de Queiroz” (USP/ESALQ) é um dos 24 membros titulares da Academia Brasileira de Ciências (ABC) eleitos em 2014 em Assembleia Geral Ordinária. A ABC a notícia na última quarta-feira, 3/12, apresentando além os nomes também de dez membros correspondentes. Eles tomarão posse em maio de 2015, durante a Reunião Magna.
Segundo a Academia, os membros titulares da ABC são cientistas radicados no Brasil há mais de dez anos, com destacada atuação científica. Já os membros correspondentes são cientistas radicados no exterior há mais de dez anos de reconhecido mérito científico, que tenham prestado relevante colaboração ao desenvolvimento da ciência no Brasil.
Marcio de Castro Silva Filho – Foi eleito na área de Ciências Agrárias, ao lado de Francisco José Lima Aragão, da Embrapa/DF. O docente da ESALQ é graduado em Engenharia Agronômica pela Universidade Federal de Lavras (UFLA) em 1984. Tem mestrado em Genética e Melhoramento de Plantas pela UFLA (1989) e doutorado em Biologia Molecular de Plantas pela Universite Catholique de Louvain, Bélgica (1994). Realizou um ano sabático no Departamento de Bioquímica e Biologia Molecular da University of Melbourne, Austrália, em 2003. Atualmente é Pesquisador 1A do CNPq, e Professor Titular do Departamento de Genética da ESALQ. Exerceu as funções de Coordenador da área de Ciências Biológicas I da CAPES 2008-2011, foi membro titular do CTC-ES no período 2008-atual e membro titular da CTNBio (2005-2007). No período de novembro de 2011 a Julho de 2012, foi diretor de Relações Internacionais da CAPES. A partir de Julho de 2012, assumiu a Diretoria de Programas e Bolsas no País da CAPES. Foi Editor Chefe da revista Genetics and Molecular Biology em 2011 e 2012. Atua como referee de revistas científicas como Plant Cell, Plant Journal, Plant Physiology, EMBO Journal, EMBO Reports, Trends in Cell Biology, New Phytologist, Proteomics. É assessor ad hoc de agências de fomento no país e exterior (NSF, EUA e Ministério de Pesquisa da França). Tem experiência na área de Genética, com ênfase em Genética Vegetal e Biologia Celular e Molecular de Plantas, atuando principalmente nos seguintes temas: transporte intracelular de proteínas e interação planta-inseto.

quinta-feira, 4 de dezembro de 2014

5 DE DEZEMBRO DIA MUNDIAL DO SOLO



Origem da dataNo âmbito da Parceria Global de Solo, a FAO defendeu o reconhecimento da importância dos solos para alcançar a segurança alimentar mundial, bem como seu papel essencial como fornecedor de uma gama de serviços ecossistêmicos. Neste contexto, a FAO, com total apoio de seus países membros (conforme expresso durante o 144º Conselho de FAO realizado entre os dias 11-15 de junho de 2012), solicitou às Nações Unidas que reconhecesse o dia 5 de dezembro como o Dia Mundial do solo e que institucionalizasse a sua observância nos Estados membros.
O dia 05 de julho foi escolhido em virtude de uma resolução da Sociedade Internacional de Ciência do Solo (IUSS) ocorrida durante o XVII Congresso Mundial de Ciência do Solo em Bangkog (Tailândia) em agosto de 2002. Essa data representa o dia do aniversário de sua Majestade Real Bhumibol Adulyadej, o rei da Tailândia, que foi homenageado em função de seu empenho em promover a ciência do solo e sua conservação com vistas a uma gestão ambiental mais sustentável.
O soloO solo, essa fina e delicada membrana viva que recobre a crosta terrestre, apresenta-se algumas vezes muito delgada, com apenas alguns centímetros e outras, profunda, podendo atingir alguns metros. Sua influência é crítica sobre os fenômenos que acontecem na superfície da crosta terrestre. O solo é o sistema que suporta a vida. Em interface com a atmosfera, a hidrosfera, a biosfera e a litosfera, o solo (a pedosfera) é responsável pelos principais processos biogeoquímicos que garantem a vida na Terra.
 
Figura 1 - O solo em sua ambiência
Como se forma o soloO SOLO se forma pela alteração de seu substrato geológico rochoso, a rocha-mãe, e pela decomposição da matéria orgânica morta acumulada através das folhas que caem das plantas vivas que ali se desenvolvem. A solubilização da rocha-mãe libera progressivamente para o sistema, sais minerais solúveis na solução do solo, que podem ser absorvidos pelas raízes e que vão fazer parte da planta. Os sais nitrogenados, no entanto, são provenientes do ar. A fertilidade mineral natural de um Solo é assim, função da natureza da rocha-mãe e de seu grau de decomposição.
O SOLO encontra-se no centro dos principais desafios do planeta da atualidade: a produção de alimentos, de fibras e de bioenergia, além dos serviços ambientais. Tem ainda, papel fundamental na mitigação de efeitos de mudanças climáticas, na manutenção e qualidade dos mananciais e na sustentação da biodiversidade. O solo de onde viemos é a nossa identidade, o nosso berço, o lugar onde nascemos! Diferentes lugares – diferentes solos. (Figura 2).


Figura 2 - A Importância do SOLO para o planeta
A RIO + 20, Conferência das Nações Unidas sobre o Desenvolvimento Sustentável, trouxe em seu bojo um grande desafio para a humanidade, o de alimentar uma população crescente, que atingirá, segundo as estimativas da FAO, cerca de 9 bilhões de pessoas em 2050. E não basta alimentar, há que se produzir fibras e energia e serviços ambientais, de maneira econômica, social e ambientalmente sustentáveis. No equilíbrio desse tripé da sustentabilidade, deve residir nossas preocupações de conhecimento, pesquisa e inovação, para que a produção seja acompanhada da garantia de conservação ambiental, redução do desmatamento, manejo sustentável dos recursos naturais (água, solo, vegetação), redução das desigualdades regionais, sociais e econômicas. Trata-se de um desafio complexo, que não possui uma resposta única.
Para abordar essa complexidade torna-se necessário o conhecimento dos recursos naturais SOLO e ÁGUA, que estão na base do aparecimento e do desenvolvimento das civilizações, desde que o homem deixou a coleta e a caça e passou a se fixar e cultivar a terra e a domesticar os animais, dando origem à agricultura.
As primeiras grandes civilizações surgiram nos vales dos grandes rios, em todas as partes do planeta. O solo é assim, o berço da vida, juntamente com a água. O solo é a nossa célula-mãe, o motivo da nossa atenção profissional, de nossa dedicação diária. Todos os seres vivos dependem dele, de uma forma ou de outra.
Os alimentos não nascem nas prateleiras dos supermercados, nem a água nas torneiras de nossas casas.
Os solos variam na paisagem, em curtas distâncias e essa variação não é aleatória. Eles não apenas aparecem diferentes, como eles se comportam diferentemente em termos de uso e manejo. Esta variabilidade dos solos é o reflexo de sua interação com os outros componentes do planeta terra (figura 1).
A história nos ensina que solos pobres sustentam países pobres. E que os países pobres podem tornar seus solos pobres ainda mais pobres, pela falta de conhecimento e recursos para manejá-los.
Seria isso um paradoxo no caso do Brasil? Como podemos ter solos, em geral pobres (solos da faixa intertropical) e um tão forte setor agrícola? O Brasil é o 2º maior exportador de alimentos do mundo e o 1º de bicombustíveis, servindo hoje como exemplo para o mundo, que possui uma demanda crescente por alimentos e energia limpa e verde.
A resposta a esse aparente paradoxo é a pesquisa, a tecnologia e a visão estratégica de nossos governantes.
Foi com pesquisa e tecnologia que o Brasil promoveu a revolução verde nos anos 70, expandiu a fronteira agrícola do país, com a domesticação dos solos, transformando em celeiro o cerrado brasileiro, hoje, orgulho do agronegócio brasileiro!
O conhecimento e a tecnologia chegaram também para os agricultores familiares, através do sistema nacional de pesquisa agropecuária, envolvendo a Embrapa, as OEPAs (Organizações Estaduais de Pesquisa Agropecuária) e demais instituições parceiras.
Mas, o uso e manejo inadequados do SOLO ameaça o desenvolvimento sustentável, especialmente no que diz respeito à segurança alimentar do planeta e à sustentabilidade da nossa espécie na face da terra.
De acordo com levantamentos da FAO, a quantidade de terra arável por pessoa tem diminuído pela metade e destas, a maioria está sofrendo degradação. A cada ano, tem-se uma perda de mais de 20 bilhões de toneladas de solos por causa da erosão. Isto significa mais do que três toneladas de solo por pessoa/ano. Além disso, tem-se outros danos, como a contaminação, a impermeabilização, a compactação e a degradação do solo.
Assim, urge que a sociedade tome conhecimento da importância do Solo e de que a nossa sustentabilidade está em jogo, caso não se tome decisões e ações que favoreçam a sustentabilidade e a resiliência dos solos nos sistemas produtivos de hoje, evitando sua degradação e perda, bem como seu papel vital na mitigação das mudanças climáticas, como reservatório de carbono, de água, nutrientes e outros serviços ambientais.
Assim, o dia 5 de dezembro serve para nos lembrar a importância vital do SOLO para a vida na Terra. E que seja sempre, o SOLO nosso de cada dia!

terça-feira, 2 de dezembro de 2014

BAHIA ESTA ENTRE OS MELHORES CAFÉS DO BRASIL

Bahia: a vanguarda da produção de cafés especiais no Brasil

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02/12 
Produções da Chapada Diamantina vencem concurso de 2014 utilizando tecnologias do Consórcio Pesquisa Café

A Bahia produziu 2,28 milhões de sacas de café de 60 kg em 2014 (Conab/set./2014), o que torna o Estado o quarto produtor nacional de café, atrás de Minas Gerais (22,62 milhões de sacas), Espírito Santo (12,85 milhões de sacas) e São Paulo (4,47 milhões de sacas). E não é só volume de produção que tem dado destaque à cafeicultura baiana.

Nos últimos anos, o estado não só agregou o café à sua produção agrícola, como também se tornou um dos grandes produtores de cafés de qualidade, o que tem permitido vencer vários concursos de cafés ­­especiais, como foi o caso recente do 15º Cup of Excellence – Early Harvest Brasil 2014, promovido pela Associação Brasileira de Cafés Especiais (BSCA).

Essa conquista é resultado da articulação da pesquisa, produção, extensão rural e ensino de instituições integrantes do Consórcio Pesquisa Café, coordenado pela Embrapa Café. No Estado, fazem parte do Consórcio a Empresa Baiana de Desenvolvimento Agrícola (EBDA) e a Universidade Estadual do Sudoeste da Bahia (UESB).

Como reflexo dessa articulação, a Bahia, que tem tradicionalmente produção expressiva de café arábica, vem se tornando, nos últimos anos, também grande produtora de café conilon. Das 2,28 milhões de sacas produzidas em 2014, 1,23 milhão foram de arábica e 1,04 milhão de conilon.

A produção de conilon na Bahia concentra-se predominantemente na região Atlântica, localizada no extremo Sul do Estado, composta pelos municípios que se situam em torno de Eunápolis, Porto Seguro, Itabela, Alcobaça e Teixeira de Freitas.

Concurso de cafés especiais

Os produtores baianos vencedores dos cinco primeiros lugares do 15º Cup of Excellence – Early Harvest Brasil 2014, promovido pela BSCA, utilizaram tecnologias e cultivares (Catuaí e Catucaí) desenvolvidas por entidades parceiras do Consórcio Pesquisa Café (Instituto Agronômico (IAC) e Fundação Procafé).

O concurso é realizado anualmente com apoio do Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento – MAPA­, da Agência Brasileira de Promoção de Exportações e Investimentos - Apex-Brasil e da Alliance for Coffee Excellence - ACE e do Serviço Brasileiro de Apoio às Micro e Pequenas Empresas - Sebrae.

No total, 21 produtores de cafés cerejas descascados e/ou despolpados dos estados da Bahia, Minas Gerais e Espírito Santo sagraram-se vencedores do 15º Cup of Excellence – Early Harvest Brasil 2014. Todos eles atingiram notas superiores a 85 pontos com base na escala de 0 a 100 pontos da Specialty Coffee Association of America – SCAA.

Cinco vencedores da Chapada Diamantina

O vencedor, Cândido Vladimir Ladeia Rosa, da Chácara Ouro Verde, em Piatã, com 94,05 pontos, utilizou a cultivar Catuaí, do IAC. Com essa vitória, o produtor foi vencedor pela segunda vez, pois sua primeira conquista ocorreu em 2009.

O segundo colocado, Antonio Rigno de Oliveira, da Chácara São Judas Tadeu, alcançou 93,36 pontos - cultivar Catuaí.

Em terceiro, ficou a produtora Zora Yonara Macedo Pina Oliveira, da Chácara Tijuco, com 92,26 pontos - cultivar Catuaí.

Em quarto lugar, Eulino José de Novais, da Fazenda Santa Bárbara, com 90,14 pontos obtidos - cultivares Catuaí (IAC) e Catucaí, da Fundação Procafé.

Em quinto, Simpliciano Alves Neto, da Fazenda Vista Alegre - 89,05 pontos com a cultivares Catuaí e Catuacaí.

Mais vencedores de MG, BA e ES

Também foram premiados no Cup of Excellence - Early Harvest 2014 outros produtores que utilizaram tecnologias do Consórcio: oito das Matas de Minas (MG); quatro do Planalto Baiano (BA); dois da Mantiqueira de Minas (MG); um do Cerrado Mineiro (MG) e um das Montanhas do Espírito Santo (ES).

Mercado de cafés especiais

Segundo a BSCA, a demanda pelos grãos especiais cresce em torno de 15% ao ano no Brasil e no exterior, em relação ao crescimento de cerca de 2% do café commodity. O segmento representa hoje cerca de 12% do mercado internacional da bebida.

O valor de venda atual para alguns cafés diferenciados tem um sobrepreço que varia de 30% a 40% a mais do que o café convencional. Em alguns casos, pode ultrapassar a barreira dos 100%. Os principais mercados consumidores dos cafés especiais brasileiros são, na ordem: Japão, Estados Unidos e União Europeia.

Coreia e Austrália também consomem cada vez mais cafés especiais brasileiros. Em relação ao consumo interno, das 20 milhões de sacas consumidas no Brasil, estima-se que um milhão seja de cafés especiais.

Atributos positivos dos cafés especiais

Os atributos predominantes dos cafés especiais são influenciados principalmente pelas características das regiões produtoras, condições edafoclimáticas, durante a maturação e colheita, além dos cuidados e tecnologias de plantio e beneficiamento empregadas nas fases de colheita, pós-colheita e preparo do produto.

Cafés especiais são aqueles que se distinguem por uma característica peculiar ou grupo de atributos singulares possuindo, portanto, uma especialidade ou especificidade na percepção de seus atributos sensoriais e de seu sistema de produção.

A cafeicultura na Bahia

A área total de produção de café no Estado da Bahia, em 2014, é de aproximadamente 142 mil hectares. São 167 municípios produtores - dos quais 80 têm grande importância no cenário cafeeiro do Estado – que geram cerca de 250 mil empregos.

A produtividade média é de 16 sacas por hectare (Cerrado – 39,6; Planalto – 8,1; e Atlântica – 31,9). A grande maioria das propriedades (86%) está vinculada a pequenos produtores e/ou agricultores. As demais são de médios e grandes proprietários, sendo que, desse número, somente 5% apresentam áreas superiores a 100 hectares, concentradas no Oeste, onde a atividade é empresarial.

Café nas regiões da Bahia e seus destinos

A cafeicultura desenvolvida no Estado da Bahia apresenta atualmente um quadro tecnológico bastante diversificado, o que reflete diferentes condições ambientais, variadas formas de ocupação do seu espaço agrário e modalidades de organizações da atividade produtiva. O Estado possui três regiões produtoras principais: Cerrado e Planalto (regiões que concentram café arábica) e Atlântica (especializada em conilon).

Segundo a professora titular do Departamento de Fitotecnia e Zootecnia da UESB, Sandra Elizabeth Souza, os primeiros plantios de café arábica na Bahia datam dos primórdios do século XX, nos municípios do Vale do Jiquiriçá, Brejões e Santa Inês - que compõem o Planalto baiano e têm grande potencial para produção de cafés despolpados, suaves e aromáticos. A região caracteriza-se por uma cafeicultura de base familiar, poucos recursos hídricos e altitude entre 600m a 1380m.

Já a região Oeste ou Cerrado é caracterizada por uma cafeicultura empresarial, totalmente irrigada e mecanizada, assemelhando-se aos cafés produzidos no Cerrado de Minas Gerais. Nela, é produzido cafés naturais finos e despolpados, excelentes para serem usados em blends destinados ao expresso.

O Extremo Sul e Sul do Estado produzem um dos melhores cafés conilon do mundo e caracterizam-se por uma cafeicultura empresarial organizada. O município de Itabela é o maior produtor de conilon da Bahia, seguido de Teixeira de Freitas, Itamaraju, Alcobaça, Eunápolis, Camacan e Arataca.