sábado, 29 de novembro de 2014

JOSÉ INACIO DE ABREU E LIMA

Abreu e Lima foi desmembrado do município de Paulista em 14 de Maio de 1982, através da lei Estadual nº 8.950
A área onde o município está localizado, começou a ser povoada por Duarte Coelho, donatário da capitania de Pernambuco, quando dividiu a capitania em sesmarias no ano de 1535. Em 1548, o almoxarife-mor de Pernambuco, Vasco Fernandes, fundou o Engenho Jaguaribe, dando início ao povoado que deu origem ao município.
Pela Lei Estadual n° 421, de 31 de dezembro de 1948, o distrito de Maricota recebeu o topônimo de Abreu e Lima em homenagem a José Inácio de Abreu e Lima, notável político, escritor, jornalista e general, o "Inácio pernambucano", que lutou quatorze anos ao lado de Simón Bolívar, um dos heróis da independência da Venezuela.
Nas terras do município, na época povoado de Maricota, se deu no dia 10 de novembro de 1848 a primeira batalha daRevolução Praieira, que havia sido deflagrada três dias antes na cidade de Olinda.
O distrito foi criado pelo Decreto-lei Estadual n° 235, de 9 de dezembro de 1938, pertencendo ao município de Paulista (Pernambuco), a povoação ganhou o nome de uma senhora, dona Maricota, muito bem relacionada entre os habitantes locais e proprietária de um estabelecimento de serviço de alimentação. Durante anos o povoado foi um local acolhedor, principalmente para homens de negócios que ali paravam para refeições ou pernoite.
O município foi emancipado em 1982, através do voto popular em plebiscito realizado ao dia 9 de maio daquele ano, após quatrocentos anos sob o domínio político e administrativo de Igarassu, e outros 47 subordinados à cidade de Paulista, o que se tornou realidade no dia 14 de maio de 1982 após assinatura do decreto que também emancipava os distritos deItapissuma e Camaragibe.
A Lei Estadual n° 4.993, de 20 de dezembro de 1963, elevou o distrito à categoria de município, o qual foi extinto em 27 de agosto de 1964 pelo Acórdão do Tribunal de Justiça, mandado de segurança n° 56.889. Em 14 de maio de 1982 a Lei Estadual n° 8.950 elevou novamente Abreu e Lima à categoria de município, desmembrado de Paulista, com sede no antigo distrito, tendo sido instalado em 31 de março de 1983.
Abreu e Lima é o município brasileiro com maior percentual de habitantes evangélicos, de acordo com o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE): 35% dos 97 mil habitantes são praticantes dessa religião.O número expressivo motivou a criação da Lei Municipal 632, em 2008, que fixa 31 de outubro como feriado, o Dia da Consciência Evangélica6 .
O município tem em seu sítio arqueológico as ruínas da Igreja de São Bento, no engenho Jaguaribe. No engenho Utinga afirma-se ter-se escondido Frei Canecaem 16 de setembro e 17, quando da derrota na revolta conhecida como Confederação do Equador em 1824 em Pernambuco. Hoje estudos arqueológicos estão sendo feitos no local, já tendo sido encontrados vestígios da passagem dos holandeses nas terras de Pernambuco, na cidade de Abreu e Lima.

sexta-feira, 28 de novembro de 2014

TERRA POSSUI ESCUDO INVISIVEL

Espaço

Terra tem "escudo invisível" contra radiação cósmica


Terra tem
Em busca de uma explicação para o escudo antirradiação, a equipe está centrando as atenções na plasmafera (em roxo), uma nuvem de gás carregado que circunda a Terra. [Imagem: NASA/Goddard]
Radiação cósmica
Cientistas de uma missão da NASA se dizem perplexos com o que acabam de descobrir: um escudo antirradiação em torno da Terra que é uma verdadeira "barreira impenetrável no espaço" - ao menos para partículas cósmicas de alta energia.
Os cinturões de Van Allen, anéis de partículas carregadas mantidos pelo campo magnético da Terra, são conhecidos há décadas. Mais recentemente, as duas sondas gêmeas Van Allen (a missão originalmente se chamava RBSP (Radiation Belt Storm Probes) descobriram umnovo cinturão de radiação ao redor da Terra.
Mas o que estas mesmas sondas descobriram agora é diferente.
Embora os cinturões de Van Allen protejam a Terra de grande parte da radiação espacial, os cientistas acreditavam que a radiação mais forte, consistindo de elétrons de energia muito alta, só era barrada aos poucos, conforme as partículas se aproximavam e colidiam com os átomos da atmosfera.
Escudo protetor da Terra
O que os instrumentos das duas sondas revelaram é algo bem diferente: há um verdadeiro "escudo invisível" nas imediações dos cinturões de Van Allen que simplesmente não permite a penetração dos elétrons de alta energia - a radiação mais perigosa não apenas para os satélites de comunicação e para os astronautas em órbita da Terra, mas também para a própria vida na superfície.
"Esta barreira contra elétrons ultrarrápidos é uma característica surpreendente dos anéis. Nós fomos capazes de estudá-la pela primeira vez porque nós nunca havíamos feito uma medição precisa desses elétrons de alta energia," disse Daniel Baker, da Universidade do Colorado, que chamou a nova barreira protetora de "escudo invisível tipo Jornada nas Estrelas".
Terra tem
Os elétrons de alta energia são bruscamente contidos pelo escudo protetor. [Imagem: D. N. Baker et al. - 10.1038/nature13956]
"É quase como se esses elétrons estivessem batendo em uma parede de vidro no espaço. Mais ou menos como os escudos criados por campos de força em Jornada nas Estrelas eram usados para repelir armas alienígenas, estamos vendo um escudo invisível bloqueando esses elétrons. É um fenômeno extremamente intrigante," disse Baker.
Partículas espaciais
Ainda não há uma explicação sobre o que e como se forma essa barreira protetora.
A equipe já descartou a ação do campo magnético terrestre que mantém os anéis antirradiação já conhecidos - os elétrons de alta energia são bloqueados à mesma altitude mesmo em pontos onde o campo magnético da Terra é mais fraco -, bem como as ondas eletromagnéticas das transmissões de dados feitas pelo homem e o formato muito pronunciado dos anéis de radiação, que também foi descoberto pelas sondas Van Allen.
Segundo nota emitida pela NASA sobre a descoberta, a explicação mais provável para a constituição do "escudo invisível" são outras "partículas espaciais" ainda desconhecidas ou não detectadas.

terça-feira, 25 de novembro de 2014

EMBRAPA COMEMORA SEUS 40 ANOS DE PESQUISA E INOVAÇÃO,,


40 anos da Embrapa Recursos Genéticos e Biotecnologia

Visitas: 369
25/11 
IMAmt e Embrapa Recursos Genéticos e Biotecnologia assinam acordo que beneficia controle biológico de pragas do algodoeiro

O presidente da Associação Mato-grossense dos Produtores de Algodão (Ampa) e do Instituto Mato-grossense do Algodão (IMAmt), Milton Garbugio, participa hoje (24 de novembro) da solenidade em comemoração dos 40 anos da Embrapa Recursos Genéticos e Biotecnologia, uma das 46 unidades da Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária (Embrapa). O diretor executivo do IMAmt, Alvaro Salles, também participará da solenidade, que será realizada na sede da Unidade da Embrapa em Brasília, a partir das 15 horas desta segunda-feira.

O ponto forte da solenidade comemorativa será a assinatura de contratos de cooperação com instituições nacionais e internacionais, sendo um deles com o IMAmt. A parceria tem como objetivo selecionar variedades de bactérias entomopatogênicas (específicas contra insetos) da coleção microbiana mantida pela Embrapa Recursos Genéticos e Biotecnologia, que hoje conta com mais de 2.500 variedades de bactérias, para o controle de pragas que atacam o algodoeiro, especialmente as lagartas Helicoverpa armigera e Spodoptera frugiperda. Juntas, essas lagartas causam perdas superiores a 80% às culturas de algodão, pois além de comprometer partes reprodutivas das plantas, encontram grande número de hospedeiros nas lavouras nacionais.

A coleção microbiana da Embrapa Recursos Genéticos e Biotecnologia já vem sendo usada com êxito para produção de biolarvicidas voltados ao controle de pragas, além de disponibilizar genes para o desenvolvimento de plantas resistentes a insetos. A parceria já resultou na instalação de uma unidade experimental de desenvolvimento de bioinseticidas na Embrapa Recursos Genéticos e Biotecnologia, construída com recursos financeiros do IMAmt, que será inaugurada nesta segunda-feira.

A solenidade comemorativa dos 40 anos da Embrapa Recursos Genéticos e Biotecnologia vai contar com a presença do presidente da Embrapa, Maurício Lopes; do representante residente do Programa das Nações Unidas para o Desenvolvimento - PNUD no Brasil, Jorge Chediek; da diretora-geral da Bioversity International, Margaret Ann Tutwiler; do chefe-geral da Embrapa Recursos Genéticos e Biotecnologia, José Manuel Cabral S. Dias, além de autoridades diplomáticas e dirigentes de instituições de pesquisa e ensino do Brasil e do exterior

Cooperação com o PNUD - Ainda durante a solenidade, será assinada uma carta-acordo entre a Embrapa e o Programa das Nações Unidas para o Desenvolvimento - PNUD com o objetivo de apoiar financeiramente a elaboração de protocolos de determinação da qualidade de produtos biológicos pós-comercialização a serem desenvolvidos em parceria entre a Embrapa e a Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa).

Esses protocolos serão desenvolvidos pela equipe do Laboratório de Bactérias Entomopatogênicas (LBE) da Embrapa Recursos Genéticos e Biotecnologia, sob a coordenação da pesquisadora Rose Monnerat. Vale lembrar que o laboratório recebeu este ano a acreditação do Instituto Nacional de Metrologia, Qualidade e Tecnologia (Inmetro) na norma de qualidade ABNT NBR ISO/IEC 17.025, o que o torna apto a prestar serviços a instituições públicas e privadas do Brasil e do exterior.

domingo, 23 de novembro de 2014

ESALQ USP É A PRIMEIRA NA AMERICA LATINA.

EDUCAÇÃO

Ranking americano aponta USP em 5º lugar em ciências agrárias

Universidades foram avaliadas com base em sua reputação e pesquisa no campo
Best Global Universities, publicação de um dos levantamentos sobre ensino superior mais tradicionais nos Estados Unidos, criado há 31 anos, apontou a USP em 5º lugar na área de Ciências Agrárias. 
Esta foi a primeira vez em que instituições de nível superior estrangeiras foram avaliadas pelo US News. De acordo com o ranking, as atividades consideradas nesta área incluem horticultura, ciências dos alimentos e nutrição, produtos lácteos e agronomia. 
No ranking geral das universidades, o qual considera 10 indicadores que medem o desempenho da pesquisa acadêmica e suas reputações globais e regionais, a USP obteve a 77ª posição entre as melhores universidades do mundo e a primeira na América Latina.
Pela vocação que a Escola Superior de Agricultura “Luiz de Queiroz” (Esalq) apresenta na área de Ciências Agrárias, José Vicente Caixeta Filho, diretor da instituição, acredita que o posicionamento em 5º lugar deve-se muito às contribuições que a Escola vem realizando ao longo de seus 113 anos. 
– Inicialmente, podemos considerar indicadores importantes que levaram a USP/Esalq a atingir esse patamar. Por exemplo, a avaliação trienal da Capes dos programas de pós-graduação, as estrelas obtidas pelos cursos de graduação pelo Guia do Estudante, a grande maioria deles muito bem avaliada e estrelada e, a própria agricultura que, mais uma vez, teve uma contribuição importante para justificar essa posição da USP nesse cenário internacional – afirma Caixeta Filho.
Entre outros fatores importantes, Caixeta creditou essa pontuação ao trabalho que vem sendo desenvolvido com maestria pelo corpo docente e não docente da instituição na formação de recursos humanos; à internacionalização da Escola que, por meio de convênios, permite aos alunos de graduação e de pós-graduação estudarem em instituições de ensino superior internacionais, trazendo, em contrapartida, alunos estrangeiros para a instituição; à aproximação direta da Esalq com a sociedade na realização de trabalhos de extensão; aos laboratórios de pesquisa de ponta com uma gama cada vez mais diversificada de usuários, não necessariamente só de agricultura; às posições de destaque de egressos no mercado de trabalho; às publicações internacionais; ao ambiente acadêmico que possibilita discussões mais ricas quando reúne estudantes de vários cursos em uma única disciplina; à preocupação com a sustentabilidade e a consciência de promover o desenvolvimento agrícola respeitando o meio ambiente.
– A avaliação realizada pelo US News destaca a USP na posição 77, primeira da América Latina... Acredito que isto tenha ocorrido levando-se em conta uma somatória de fatores e de avaliações diárias e a agricultura, mais uma vez, teve uma contribuição importante para justificar essa posição da USP. Fazia tempo que não tínhamos uma notícia dessa dimensão – a USP, a Esalq em particular, quinta do mundo num ranking tão bem conceituado como esse –, isso é motivo de muito orgulho para a Escola como um todo – finaliza o diretor.

sábado, 22 de novembro de 2014

NEW UREIA FROM BASF


Limus® Nitrogen Management

Limus Nitrogen Management
Limus® nitrogen management helps support optimal nitrogen availability for more consistent yields.  Proven to reduce nitrogen loss by as much as 95 percent, Limus is based on a novel formulation that contains two active ingredients for blocking active sites of soil urease enzymes.
The patented Limus formulation’s stability delivers flexibility in transportation and storage. Its ability to prevent ammonia losses also helps position growers for emerging emissions regulations.

How Limus® Nitrogen Management Works

One of the three primary plant nutrients, nitrogen is the engine of plant growth. Nitrogen enables photosynthesis and the creation of amino acids that are the building blocks of proteins. It is required in large quantities throughout the growing season for the best plant outcomes. The challenge for growers is minimizing nitrogen loss to protect yields and the environment.
Urea-based fertilizers are one of the most important nitrogen fertilizers in the world, but they risk breaking down via urease enzymes when the fertilizer is not incorporated into the soil through tillage, rainfall, or irrigation.
This results in nitrogen being lost through volatilization: on average, only 50 percent of total applied nitrogen is taken up by a plant, and the rate that can drop to as low as 20 percent under certain conditions.
The loss of nitrogen can starve crops of needed nutrients, jeopardizing plant health and yield potential.

Greater Nitrogen Use Efficiency

Limus has two urease inhibitors that together are more effective on the range of soil urease enzymes than a single inhibitor. Greater urea protection leads to improved nitrogen availability during critical crop-growth stages for more consistent yields.

Better Farm Management

Limus helps provide a long planning horizon and improved return on investment for growers. Added protection from volatilization loss means improved nitrogen application flexibility. This provides improved significant opportunity for efficiency and flexibility in growers’ nitrogen-management programs.

Improved Storage and Transportation

Limus brings solutions to those in the fertilizer market who face operational challenges in the transportation, application, storage and handling of urea-based fertilizers. The Limus formulation’s stability and urea protection provide an extended amount of storage time and more transportation flexibility under a wide range of temperature and humidity conditions.

Improved Environmental Outcomes

Urease activity in the soil can convert urea to ammonia gas, a pollutant that contributes to smog, eutrophication, and ecosystem changes, which is why emerging regulations worldwide seek to limit ammonia emissions from urea-based fertilizers. Limus blocks urease activity to prevent ammonia release into the atmosphere.

Mode of Action

Urease is an extracellular enzyme found in most soils that can bind to urea and hydrolyze it into ammonia gas. Limus urease inhibitors bind to the urease active site, preventing urea hydrolysis and reducing ammonia formation. Its combination of two active ingredients enables Limus to be more effective against a wide range of urease characteristics, which can vary depending on the urease origin and soil properties.

sexta-feira, 21 de novembro de 2014

USO DO SILICIO EM AGRICULTURA

Pesquisa mostra que adubação com silício deixa o milho mais resistente às pragas

Visitas: 370
21/11 
O emprego do silício na agricultura pode diminuir os custos

O silício, muito utilizado na produção de chips, computadores e celulares, agora também é experimentado na agricultura e tem gerado bons resultados, segundo análise realizada por pesquisadores da Universidade Estadual de Mato Grosso do Sul (Uems) na unidade de Aquidauana.

O professor Francisco Eduardo Torres, com os acadêmicos Paulo Eduardo Teodoro, Larissa Pereira Ribeiro e Caio Cezar Guedes Correa, da Uems, resolveram aplicar o silício ao plantio do milho e assim ampliar os estudos que já ocorrem com esse elemento no arroz, na batata e na cana-de-açúcar.

O resultado do trabalho foi que o silício deixa o milho mais resistente às pragas, principalmente aos fungos que atacam a planta.

Com a aplicação desta substância a “pele” da planta fica mais grossa, formando uma barreira contra o ataque de fungos e insetos.

Esta adubação nas folhas dificulta a alimentação dos insetos-pragas, o que causa a morte deles, como a lagarta-do-cartucho.

O emprego do silício na agricultura pode diminuir os custos com fungicidas e inseticidas, com isso o manejo deste elemento na nutrição de plantas poderá contribuir de forma significativa para uma agricultura mais sustentável.

A partir do decreto lei número 4.954, que regulamenta a lei 6.894 de 16/01/1980, aprovada em 14 de janeiro de 2004, e que dispõe sobre a produção e comercialização de fertilizantes, o silício foi incluído na lista dos micronutrientes – que são nutrientes necessários para a manutenção do organismo.

SAFRA 2014/2015

19/11/2014 17:33:21
Ferrugem Asiática deve chegar bem mais cedo nesta safra

A Ferrugem asiática da soja deve chegar bem mais cedo às lavouras na safra 2014/2015, segundo o pesquisador, Fabiano Siqueri, da área de Proteção de Plantas da Fundação de Apoio à Pesquisa Agropecuária, Fundação MT. “Estamos acompanhando o número de focos da doença em plantas guaxas "tigueras" através do Consórcio Anti Ferrugem. Esses números são muito maiores se comparados ao mesmo período do ano passado. Então há uma perspectiva de que o fungo ataque um pouco mais cedo”.
A safra começou com bastante seca, muitos produtores arriscaram o plantio ainda em setembro. “Vimos um ataque muito severo de lagartas no começo, agora com a estabilização das chuvas, a tendência disso é diminuir. Mas, ao mesmo tempo quando tem muita chuva, é um ambiente extremamente favorável para doenças, especialmente a ferrugem”, explica o pesquisador.
Estas informações estão sendo repassadas por Siqueri e pelo também especialista da Fundação MT, Ivan Pedro, durante os encontros do É Hora de Cuidar 2014 realizado pela instituição. Eles apresentam aos participantes o número de focos já detectados nesta safra e comparam com os anos anteriores. A perda de eficácia de alguns produtos associado às dificuldades de controle da doença e a influência do clima no manejo também são assuntos ligados ao tema abordados nos encontros.
Discussões mais polêmicas como vazio sanitário e soja safrinha têm espaço nas palestras e os produtores tiram dúvidas para esclarecerem sobre os principais cuidados que devem tomar com a lavoura de soja plantada nesta safra. “A Fundação MT adota uma postura de alerta com recomendações e estratégias para o manejo da ferrugem e outras doenças”, destaca Ivan Pedro.
O evento – O É Hora de Cuidar 2014 começou no dia 10 de novembro e segue até cinco de dezembro. Uma equipe técnica formada por quatro pesquisadores da instituição e um da Universidade Estadual Paulista Júlio de Mesquita de Botucatu/SP, Unesp, estão passando por 25 cidades para informar ao produtor rural sobre cuidados com a lavoura de soja plantada na safra 2014/2015.

sábado, 15 de novembro de 2014

CANA TOLERANTE A SECA

Cana tolerante à seca está em fase de multiplicação para testes em campo

O colapso em que podem entrar os centros urbanos com a falta de água ficou evidente neste ano, com o baixíssimo nível a que chegaram vários reservatórios, inclusive um dos que abastece a maior cidade brasileira. O longo e severo período de estiagem pelo qual passou a região Centro-Sul do Brasil também afetou, e muito, a área rural. Houve quebra de safra em várias culturas, entre elas a cana-de-açúcar, matéria-prima para o principal biocombustível produzido e consumido no Brasil – o etanol. Não era para menos – a necessidade de água nas lavouras é tanta que a agricultura é responsável por cerca de 70% do consumo desse recurso natural.
Para minimizar o impacto da menor disponibilidade hídrica na produção de cana-de-açúcar, a Embrapa Agroenergia está utilizando estratégias de engenharia genética para obter uma variedade geneticamente modificada tolerante à seca. A pesquisa já passou por testes em laboratório e casa de vegetação. Para os experimentos em campo, a Embrapa Agroenergia conta com o Centro de Tecnologia Canavieira (CTC). Em janeiro deste ano, os dez materiais mais promissores foram plantados em Piracicaba/SP, em área do CTC, para multiplicação. Agora, estão sendo solicitadas autorizações da Comissão Técnica Nacional de Biossegurança (CTNBio) para realizar testes em dois campos experimentais: um na região Centro-Oeste e outro na região Sul.
A pesquisa começou em 2008 e tem como parceiro o Centro Internacional de Pesquisas para Ciências Agrárias do Japão (Japan Internacional Research Center for Agricultural Sciences - JIRCAS), instituição que detém a patente do gene utilizado na transformação genética de cana. O pesquisador que coordena o trabalho, Hugo Bruno Correa Molinari, explica que a tolerância à seca é, se não a primeira, a segunda característica de maior importância para cana. “O setor sucroenergético precisa de variedades mais tolerantes à seca, até porque as novas áreas de expansão da cultura têm problemas de estiagem prolongada ou chuvas irregulares”, comenta.
Complexidade
O problema é que tolerância à seca é uma característica complexa de ser trabalhada em plantas, uma vez que envolve grande número de genes e mecanismos fisiológicos. Tanto é que, atualmente, no mundo todo, só estão disponíveis para os agricultores duas variedades transgênicas de culturas agrícolas tolerantes à seca: uma de milho, desenvolvida pela Monsanto, e outra de cana, disponível na Indonésia, por meio de uma parceria entre a PT Perkebunan Nusantara XI, a Universidade de Jember e a Ajinomoto. A revista Nature Biotechnology listou recentemente outros oito projetos de pesquisa em fase avançada de desenvolvimento com esse objetivo, entre eles o da Embrapa em parceria com o Jircas, que inclui a transformação genética de outras culturas além da cana.
Justamente por causa da complexidade da tolerância à seca, os pesquisadores da Embrapa utilizam um gene que codifica proteínas reguladoras de diversos outros genes. “Como é muito complexo, eu tenho que ativar vários mecanismos que façam a plantar utilizar mais eficientemente o recurso água”, detalha Molinari. Por isso, a equipe utiliza a estratégia de engenharia genética de trabalhar com um “gene que controla outros genes”.
As avaliações em casa de vegetação indicam que os materiais transformados não só ganharam tolerância à seca, mas também apresentaram aumento no teor de sacarose e da taxa de brotação, além de resistência a herbicida. No entanto, ainda são necessários os testes em condições reais de campo, previstos para começar em 2016, para que os pesquisadores possam comprovar os resultados.
Na Embrapa Agroenergia, há ainda duas outras linhas de pesquisa de engenharia genética com cana-de-açúcar: uma para aumento de conteúdo de biomassa e outra para modificação da parede celular. Esta última visa a facilitar o acesso aos açúcares do bagaço e palha, o que favoreceria a produção de etanol celulósico (2G) e outros produtos de alto valor agregado.

segunda-feira, 3 de novembro de 2014

INSETICIDA BIOLOGICO CONTRA HELICOVERPA


Inseticida biológico contra Helicoerpva atinge bom resultado, dizem produtores

Visitas: 1920
Comentários: 12

Inseticida biológico contra Helicoverpa atinge bom resultado, dizem produtores
31/10/14 - 11:28 

Desde que a Helicoverpa armigera foi detectada nas lavouras brasileiras, os prejuízos acumulados ultrapassam a casa dos bilhões – principalmente na cultura do algodão. As perdas são decorrentes tanto da redução da produção, uma vez que a praga ataca as partes reprodutivas (flores e vagens nas culturas da soja e do feijão; flores e maçãs no algodoeiro e espigas no milho), quanto no custo operacional financeiro, com o uso mais intenso de inseticidas e máquinas.

Em função disso, diversos produtores estão buscando produtos alternativos para o controle da Helicoverpa armigera. Um deles é o inseticida biológico Hz-NPV CCAB, que é resultado de uma formulação exclusiva tendo como base duas estirpes distintas e altamente virulentas de baculovírus de Helicoverpa.

O produto está atualmente registrado emergencialmente no Brasil pelo Consórcio Cooperativo Agropecuário Brasileiro (CCAB). Controla as lagartas da subfamília Heliothinae, que incluem ainda a Helicoverpa spp. e a lagarta da maçã do algodão (Heliothis virescens). Na última safra, mais de 700.000 hectares foram tratados com o Hz-NPV CCAB.

“Antes trabalhávamos dia e noite com o pulverizador e agora temos certa tranquilidade com as infestações de Helicoverpa”, comenta Rony Reimann, agricultor de Luís Eduardo Magalhães/BA. Ele recorda que antes fazia o controle somente com inseticidas químicos.

O agricultor Odacil Ranzi, também do oeste baiano, afirma que há um alto índice de eficiência associado a uma baixíssima toxidade, tanto para o ambiente quanto para organismos não alvo. “Aplicamos o vírus na soja plantada em pivô nesta safra, após 02 dias da aplicação já percebemos que as Helicoverpas já haviam parado de comer e a partir do quarto dia começaram a morrer”, comemora.

Em Campo Verde (MT) o agricultor Alexandre Bottan vai para a segunda safra utilizando o vírus: “Testamos o produto na safra passada com ótimos resultados, este ano já começamos a nos deparar com o surgimento das primeiras lagartas aqui na região de Campo Verde, e o vírus (Hz-NPV CCAB) realmente tem se mostrado uma ferramenta de controle imprescindível neste início de ciclo”.

O engenheiro agrônomo, Celito Breda, que também é consultor e produtor rural, explica que “mesmo em lavouras Bt’s, principalmente no algodão Bt 1, tem se mostrado necessário o seu uso. Nestes casos poderemos encarar o Hz-NPV CCAB tanto como ferramenta de controle efetivo como ferramenta de manejo da resistência das lagartas que eventualmente escapem da ação das proteínas Bt.”, explica Breda.