quinta-feira, 26 de junho de 2014

BASE GENÉTICA DE RESISTÊNCIA A PRAGAS DO ALGODÃO, É DESCOBERTA

Cientistas descobrem base genética de resistência a pragas do algodão transgênico

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26/06 
Uma equipe internacional de pesquisadores liderados pela Universidade do Arizona (UA) e o Departamento norte-americano de Agricultura (USDA) desvendaram a base molecular nos insetos que evoluíram resistência às plantas de algodão transgênico. Os resultados do estudo foram publicados na PLOS ONE em maio.

"Muitos mecanismos de resistência à proteínas transgênicas têm sido propostos e estudados em laboratório, mas esta é a primeira análise da base genética molecular de resistência severa a pragas a uma variedade transgênica no campo," disse Bruce Tabashnik, um dos autores do estudo e chefe do Departamento de Entomologia na Faculdade da UA de Agricultura e Ciências da Vida.

Os pesquisadores compararam o gene da caderina nas lagartas rosadas do Arizona e Índia. Eles descobriram uma diversidade surpreendente de caderinas nas lagartas rosadas da Índia causada por um splicing alternativo, um mecanismo jamais visto de resistência que permitirá com que uma única sequência de DNA codifique para muitas
variantes de uma proteína. Este é o primeiro relatório de splicing alternativo associado à resistência transgênica evoluída em campo.

SUSTENTABILIDADE NO OESTE BAHIANO


Projeto estimula pecuária sustentável no oeste da Bahia

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26/06 
Parceria entre a Fundação Solidaridad, Associação dos Criadores de Gado do Oeste da Bahia (Acrioeste) e a empresa de consultoria Profissional promove a gestão das propriedades ligadas à pecuária do ponto de vista econômico, social e ambiental

Em seu novo caderno, o pecuarista Genésio Pedroso Dias, 47, senta e começa a escrever apoiado na mesa da cozinha. Além de servir as refeições, este é o ponto de apoio para a nova rotina: registrar as despesas e rendas da sua propriedade localizada em Santa Maria da Vitória, na região Oeste da Bahia. Ao administrar as finanças da fazenda de 220 hectares, e do rebanho com 156 cabeças de gado, ele tenta se adaptar à nova rotina. “No mês passado foram vendidos dois bezerros e duas vacas e tivemos despesas com botijão de gás, roçagem da fazenda e cana e rapadura”, conta, ao apontar as informações com a letra de forma no caderno.

Embora pareça uma atividade simples para administrar qualquer negócio, Genésio somente passou a adotar a gestão financeira da sua fazenda há apenas dois meses, com o apoio especializado de técnicos ligados ao projeto de pecuária sustentável desenvolvido no Oeste da Bahia. Fruto das parcerias entre a Fundação Solidaridad, Associação dos Criadores de Gado do Oeste da Bahia (Acrioeste), consultoria Profissional e Grupo de Trabalho da Pecuária Sustentável (GTPS), o projeto inicia a segunda etapa, ligada à assistência técnica direta aos pecuaristas na região, visando apoiá-los em cinco eixos principais: gestão da propriedade, produção animal, legislação trabalhista, meio ambiente e relacionamento com comunidades no entorno.

Antes da assistência técnica ligada ao projeto, Genésio apenas registrava o pagamento de funcionários em um caderno que carrega até hoje. De herança do avô, Izidoro Celestino da Cruz, a propriedade sustenta mais 14 pessoas da família, dentre irmãos e sobrinhos. “Agora consigo enxergar melhor o que entra e o que sai. Fica mais fácil para planejar. Quem sabe não consigo me organizar para comprar um carro”, almeja, ao ser perguntado em quê pretende investir com o lucro da criação de gado.

Além de Genésio, de Santa Maria da Vitória, o trabalho de treinamento, capacitação e acompanhamento também vem sendo realizado junto a outros quatro pecuaristas do oeste baiano, dos municípios de Angical, Correntina, Riachão das Neves e Wanderley, que deverão ser os disseminadores de uma gestão sustentável na pecuária. “A ideia é sensibilizar estes pecuaristas a seguirem uma nova prática de gestão, preocupada com a sustentabilidade financeira e ambiental, para que futuramente se transformem em modelos a serem adotados pelos módulos rurais mais próximos”, explica o engenheiro agrônomo da Profissional, Márcio Oliveira.

Diagnóstico – Proprietário da fazenda Alto da Serra, em Correntina, Noel Santiago de Souza, 50, também vem aprovando a assistência técnica especializada. “Estamos cumprindo tudo o que foi recomendado nos relatórios. É um conhecimento que agrega à propriedade como o combate de formigas e as anotações do rebanho para ajudar a monitorar o negócio”, explica ele, que administra 600 hectares de área com cerca de 250 cabeças de gado.

Para ser selecionado no programa e ajudar a identificar pontos de melhorias em sua propriedade, Noel precisou passar pela primeira etapa com o trabalho de diagnóstico intitulado “Horizonte Rural”. “Eles vieram antes para acompanhar o nosso trabalho e saber o que estava errado e o que deveríamos corrigir”, aponta. O projeto utiliza a metodologia de melhoria contínua, desenvolvido pela Fundação Solidaridad. Tudo começa com a avaliação da propriedade por meio da aplicação do guia de auto-avaliação das práticas sociais, ambientais e de gestão na pecuária; Todos os produtores selecionados preencheram o guia com ajuda de técnicos da Profissional e da Acrioeste.

Além de Noel, os técnicos foram a campo e aplicaram questionários para 76 donos de pequenas e médias propriedades dedicadas à pecuária no oeste da Bahia. “Com base no relatório geral e individual gerados a partir das respostas dadas pelos pecuaristas foram identificadas as deficiências para que os técnicos possam dar suporte na gestão das propriedades e planejar a produção de gado de maneira sustentável nas perspectivas econômica, social e ambiental”, explica Márcio.

O projeto também produziu 76 Guias de Avaliação Individual das Propriedades, entregues para cada pecuarista participante da pesquisa. Da coleta até a avaliação e entrega dos relatórios individuais, o trabalho foi realizado em cerca de dois anos. Nestes relatórios, foram incluídas as deficiências e os gargalos na administração das propriedades, seguidos pelo programa no oeste da Bahia. “No caso dos pecuaristas Genésio e Noel, um dos pontos identificados para o trabalho inicial para a assistência técnica é a gestão da propriedade com o registro das receitas e gastos da fazenda para planejar os investimentos e a comercialização para depois avançarmos na produção animal e nos critérios de adequação socioambiental das propriedades”, afirma Márcio.

Originação Sustentável – O recente trabalho de assistência técnica aos pecuaristas e do diagnóstico das propriedades está inserido nos projetos da Fundação Solidaridad, que, por meio de apoio e capacitação, fomentam estratégias para inserir o Oeste no conceito de região de originação sustentável e criação de ambientes favoráveis aos negócios. O representante da Solidaridad no Brasil, Harry van der Vliet, explica que os projetos desenvolvidos na região devem conectar e adequar a cadeia produtiva do Oeste baiano às demandas por uma produção mais sustentável e isto representa o grande desafio proposto pela Fundação Solidaridad.

“O mercado europeu, por exemplo, é uma oportunidade interessante de negócios, que se apoia em exigências baseadas na sustentabilidade. Eles (os importadores) precisam ter certeza de que os produtos que compram não possuem originação duvidosa que coloquem em risco a imagem de seus empreendimentos, além de que muitos importadores incorporaram princípios de sustentabilidade na gestão dos seus negócios”, diz Harry.

Dentre as intervenções propostas para os agricultores do Oeste se destacam a adoção de boas práticas agrícolas e de pecuária porteira adentro, com um trabalho de melhorias contínuas. Da porteira afora, a criação de corredores ecológicos e promoção de benefícios sociais para as comunidades, utilizando, por exemplo, mão de obra, produtos e serviços locais. Apoio para a adequação às conformidades legais é um dos objetivos da Fundação Solidaridad, através do projeto desenvolvido com a Acrioeste, Profissional e Grupo de Trabalho da Pecuária Sustentável.

quarta-feira, 4 de junho de 2014

BRAZIL´S SOY OUTULOOK

LUCAS DO RIO VERDE, Brazil (DTN) -- Margins promise to be slightly tighter in 2014-15, but the recent expansion in Brazilian soybean production will likely continue next season.
(DTN photo by Alastair Stewart)
For the eighth year in a row, Brazilian planted area will grow, this time by three million acres to 77 million acres, forecasts Agroconsult, a local farm analytics firm.
"And it could be that area will grow more," Fabio Meneghin, a partner at Agroconsult, told an audience in Lucas do Rio Verde, northern Mato Grosso.
Expansion will come with the conversion of pasture and brush in the east of Mato Grosso, the No.1 soy state, in the northern state of Para and in the northeastern states of Piaui and Tocantins, he said.
Derci Ferrarin Jr is one of the farmers set to open more cropland. Along with his father, he already plants 50,000 acres in northern Mato Grosso and will continue to convert land in the region.
"We are expanding as part of a long-term plan. We believe this is excellent business," he told DTN.
Ferrarin expects to have expanded planted area to 75,000 acres in five years.
COSTS EDGE HIGHER
For the 2014-15 season, costs are seen rising 3% in Mato Grosso as increases in chemical and seed costs are offset by a drop in fertilizer prices. While an increase in costs is never good, the pace has slowed from 10% last year.
Overall, costs of producing a hectare of soybean in Sorriso, Mato Grosso, will rise to R$1,515 ($270.20 per acre), not including land or depreciation costs, said Agroconsult.
Chicago soybean futures signal a sharp drop in prices from November, but local prices are not expected to fall as rapidly. Average prices in Mato Grosso are seen slipping marginally from R$50 per bag to R$48 in December, the consultancy forecasts.
The incentive to planting can be seen in the ratio of exchange.
Input suppliers typically offer a complete package of seeds, chemicals and fertilizers in return for the delivery of the resulting soybeans.
The terms of exchange is 22.7 60-kilogram bags of soybeans per hectare (20 bushels per acre) for the 2014-15 season, which is slightly lower than 23.1 bags in 2013-14.
Sales have been strong over the last month or so.
"We have sold 100% of the volume of exchanges we were expecting for 2014-15. It looks to be another big year," said Volmir Xavier, who runs Agrofertil, a fertilizer company in Lucas do Rio Verde.
According to Xavier, insecticide demand continues particularly strong amid concerns about caterpillar attacks.
THE GOOD TIMES AREN'T OVER
While margins promise to be a bit tighter, they remain very healthy by most standards.
Profitability in Mato Grosso will slip from R$1,024 per hectare ($183 per acre) in 2013-14 to R$857 in 2014-15 ($153 per acre), not including depreciation or land costs, the consultancy forecasts.
For the 2014-15 season, Agroconsult forecasts production will rise from 87.5 million metric tons this season to 94.0 mmt next year.

segunda-feira, 2 de junho de 2014

FIELDSCRIPTS DA MONSANTO

Nova forma de cultivo promete revolucionar a agricultura

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02/06 
Os fazendeiros podem estar entre os gestores mais limitados de todos, portanto não surpreende o fato de que eles estão nervosos em relação a uma nova ideia chamada plantação prescritiva, a qual deve revolucionar o seu setor.

Em essência, trata-se de um sistema que avisa com maior precisão qual semente plantar e como cultivá-las em cada parte do terreno. Essa pode vir a ser a maior mudança na agricultura desde as plantas geneticamente modificadas. E ela está se revelando quase tão controversa, já que traz à tona questões profundas sobre quem é o proprietário das informações nas quais se baseiam o serviço.

O sistema de plantação prescritivo da Monstanto, o FieldScripts, foi testado pela primeira vez no ano passado e agora está à venda em quatro estados americanos. Sua história começa em 2006 com uma startup do Vale do Silício, a Climate Corporation. Criada por dois ex-funcionários do Google, utilizava-se de sensoriamento remoto e outras técnicas cartográficas para mapear todas as 25 milhões de plantações dos EUA e sobrepor a elas todas as informações climáticas que pudessem ser encontradas. Em 2010, essa base de dados já continha 150 bilhões de observações do solo e 10 trilhões de pontos de simulação climática.

A plantação prescritiva está finalmente se estabelecendo. Em novembro do ano passado, a produtora de sementes DuPont Pioneer se uniu ao fabricantes de máquinas agrícolas John Deere para distribuir informações sobre sementes e fertilizantes para os fazendeiros no campo. Uma cooperativa de fornecedoras de materiais de agricultura, a Land O’Lakes, comprou a Geosys, uma empresa de geração de imagens de satélite, em dezembro de 2013, para incrementar o seu braço de dados agrícolas.

Os benefícios são claros. Os fazendeiros que experimentaram o sistema Monsanto afirmam que ele aumentou os resultados em cerca de 5% ao longo de dois anos, uma façanha que não pode ser equiparada por nenhuma outra intervenção única. As empresas de sementes acham que fornecer mais dados para os fazendeiros poderia aumentar o rendimento do milho americano de 10 toneladas por hectare para 12,5 toneladas por hectare – o que daria um enorme aumento às parcas margens dos agricultores.